SPDA - O RISCO DA FALTA DE MANUTENÇÃO" Informe Publicitário
O Sistema de Proteção contra Descargas Atmosférica (SPDA) tem a função de proteger tanto a
estrutura da edificação, quanto os usuários e seus equipamentos elétricos/eletrônicos dos
efeitos deletérios da incidência de descargas atmosféricas (raios). Embora seja de grande
importância, a realidade é que na maioria das edificações a sua manutenção é negligenciada
ou até mesmo esquecida, gerando assim grande risco e prejuízos aos proprietários dos
empreendimentos, quando atingidos por raios.
Conforme estudos apresentados pelo ELAT - Grupo de Eletricidade Atmosférica (primeiro grupo
brasileiro de pesquisa sobre raios, e que integra o Centro de Ciências do Sistema Terrestre
do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE), o território brasileiro é alvejado
por cerca de 50 milhões de raios por ano, atingindo em média 500 pessoas e diversas edificações,
resultando em aproximadamente 130 mortes e mais de 200 feridos devido à incidência de raios.
FONTE:
INPE
A incidência de raios além de gerar riscos às pessoas, causa inúmeros prejuízos às edificações
e seus sistemas, por exemplo: uma edificação residencial multifamiliar ao ser atingida por um
raio (descarga atmosférica) sofre avarias em sua estrutura, danificando seus equipamentos,
podendo ainda ocorrer incêndio. Esta situação não é exclusiva para o caso do raio atingir
diretamente a edificação, sucedendo também quando o raio atinge a rede elétrica ou estrutura
que esteja em contato direto com a edificação.
Para evitar estas consequências desastrosas, é necessário manter todos os componentes do SPDA
(subsistemas internos e externos) em pleno funcionamento e em bom estado de conservação, evitando
toda e qualquer anomalia que afete a condução da descarga atmosférica para a terra, conforme
preconizado pela norma ABNT NBR 5419/2015 - atualmente em revisão.
Desta forma, é necessário realizar inspeções periódicas em todo o SPDA desde o para-raios (captor),
condutores de descida, eletrodos de aterramento e dos subsistemas internos à edificação, visando
atestar que todos os componentes do SPDA estejam em boas condições e capazes de cumprir suas funções,
bem como sem corrosão, e atendendo às suas respectivas normas. Aliado a isso, nessa verificação
deve-se atentar para toda e qualquer nova construção ou reforma que altere as condições iniciais
previstas em projeto, além de novas tubulações metálicas, condutores de energia e sinal que adentrem
a estrutura, devendo estes ser incorporados ao SPDA externo e interno, adequando assim ao preconizado pela NBR 5419/2015.
Para uma edificação em funcionamento, a referida norma preconiza que as inspeções sejam realizadas
quando: após alterações/reparos, ou quando houver suspeita de que a estrutura foi atingida por uma
descarga atmosférica; inspeção visual semestral apontando eventuais pontos deteriorados no sistema;
e, periodicamente, realizada por profissional habilitado e capacitado com emissão de documento
pertinente ao detectado, seguindo os intervalos de um ano, para estruturas contendo munição ou
explosivos, ou em locais expostos à corrosão atmosférica severa (regiões litorâneas, ambientes
industriais com atmosfera agressiva etc.), ou ainda estruturas pertencentes a fornecedores de
serviços considerados essenciais (energia, água, sinais etc.); e, três anos para as demais estruturas.
Nas verificações periódicas deve-se atentar para a deterioração e corrosão dos captores,
condutores de descida e conexões; condição das equipotencializações; corrosão dos eletrodos
de aterramento; e, verificação da integridade física dos condutores do eletrodo de aterramento
para os subsistemas de aterramento não naturais.
Por fim, fica evidente que a regularidade das inspeções é condição fundamental para manter o
bom funcionamento do SPDA, devendo o responsável pela estrutura ser informado de todas as irregularidades
constatadas por meio de relatório técnico emitido após cada inspeção periódica. Aliado a isso, cabe ao
profissional emitente da documentação recomendar, baseado nos danos encontrados, o prazo de manutenção
no sistema, podendo variar de "imediato" a "item de manutenção preventiva".